LINHA DO TEMPO

1921
1921
PAULO REGLUS NEVES FREIRE nasce em Recife – (PE), no dia 19 de setembro, filho de Joaquim Temístocles Freire, Capitão da Polícia Militar, e de Edeltrudes Neves Freire. Era o caçula, entre os quatro filhos do casal.
1921
1927
1927
Paulo Freire ingressa na escolinha particular da professora Eunice Vasconcelos, já alfabetizado. As primeiras letras foram aprendidas com os pais, riscando o chão na sombra das mangueiras, no quintal da família.
1927
1929
1929
A grande depressão econômica mundial leva a família Freire a passar por sérios problemas financeiros, vivendo um período de muita carência, inclusive, alimentar. Esses anos de dificuldade marcaram fortemente Paulo Freire.
1929
1931
1931
A família muda-se para Jaboatão dos Guararapes (PE), município localizado na região metropolitana do Recife – PE.
1931
1934
1934
Falece o pai de Paulo Freire. Nesse período, a situação financeira da família agravou-se, impedindo que o jovem, de apenas 13 anos, desse continuidade aos seus estudos.
1934
1937
1937
Aos 16 anos, já de volta ao Recife, Paulo Freire ingressa no Colégio Osvaldo Cruz, como bolsista, para cursar o primeiro ano do ginásio.
1937
1941
1941
Conquista seu primeiro emprego, como professor de português, no Colégio Osvaldo Cruz, a mesma escola em que concluiu o curso secundário.

Foto: Colégio Osvaldo Cruz, Recife.
Fonte: Acervo Instituto Paulo Freire.
1941
1943
1943
Ingressa na Faculdade de Direito do Recife, instituição que, posteriormente, integraria a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), onde se diploma. Entretanto, Freire nunca exerceu a advocacia.

Fonte: acervo Instituto Paulo Freire.
1943
1944
1944
Casa-se com a professora primária Elza Maia Costa de Oliveira, com quem teve cinco filhos.

Fonte: acervo Instituto Paulo Freire.
1944
1947
1947
É nomeado diretor do Departamento de Educação e Cultura do Serviço Social da Indústria (Sesi). Foto: Discurso de Paulo Freire no Sesi/ Recife – 1950

Fonte: Acervo Instituto Paulo Freire.
1947
1954
1954
É promovido, no Serviço Social da Indústria (Sesi), ao cargo de Superintendente do Departamento Regional.
1954
1955
1955
Cria o Instituto Capibaribe, que mantém uma escola com proposta pedagógica alternativa aos modelos tradicionais de ensino.

Foto: Divulgação Instituto Capibaribe
1955
1956
1956
É convidado a participar do Conselho Consultivo de Educação da Prefeitura do Recife.
1956
1958
1958
Participa do II Congresso Nacional de Educação de Adultos no Rio de Janeiro e apresenta o trabalho “A educação de Adultos e as Populações Marginais: o problema dos mocambos”.
1958
1959
1959
Recebe o título de “doutor em Filosofia e História da Educação”, na Universidade do Recife, com a defesa da tese : “Educação e Atualidade Brasileira”.
1959
1960
1960
Participa da fundação do Movimento de Cultura Popular (MCP), em Recife, com outros professores e intelectuais.
1960
1961
1961
É nomeado diretor da Divisão de Cultura e Recreação do Departamento de Documentação e Cultura, da Prefeitura do Recife.
É indicado para o Conselho Estadual de Educação de Pernambuco.
É nomeado professor efetivo de Filosofia e História da Educação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade do Recife.
Posteriormente, é nomeado diretor do Departamento de Extensão Cultural da Universidade do Recife, ocasião em que realiza experiências de alfabetização popular e inicia a sistematização do Método Paulo Freire.
1961
1963
1963
É Coordenador do projeto de alfabetização de Angicos, no Rio Grande do Norte, tendo alfabetizado 300 moradores da cidade, em 40 horas.
É designado presidente da Comissão Nacional de Cultura Popular.
É convidado a coordenador do projeto projeto-piloto de alfabetização realizado em Brasília, a partir do segundo semestre de 1963.

Paulo Freire (de óculos, em pé) na experiência de alfabetização em Brasília, 1963. Foto: Deobry Santos/Acervo Museu da Educação do Distrito Federal
1963
1964
1964
É designado coordenador do Programa Nacional de Alfabetização do Ministério da Educação (MEC), que teve suas atividades interrompidas pelo golpe militar de 31 de março de 1964.
É preso, em um quartel em Olinda – PE durante 72 dias, acusado de subversividade e processado pelo governo militar.

Foto: João Goulart assina o Decreto que institui o Programa Nacional de Alfabetização.
Fonte: Acervo do Museu da Educação do DF.
1964
EXÍLIO
EXÍLIO
Deixa o país para exilar-se na Bolívia e, em seguida, vai para o Chile, onde permanece até 1969.
Atua como Assessor no Ministério da Educação do Chile e consultor da UNESCO, no Instituto de Capacitación e Investigación en Reforma Agraria (ICIRA).

Foto: Paulo Freire em depoimento
Fonte: Domínio Público.
EXÍLIO
1967
1967
Publica o livro “Educação como prática da liberdade”.
1967
1968
1968
Conclui a escrita do livro “Pedagogia do Oprimido’’, considerada a obra mais importante de sua produção, com numerosas edições, em diferentes países e idiomas.

Foto: Capa da obra Pedagogia do Oprimido
1968
1969
1969
Aceita convite para lecionar nos Estados Unidos e passa a residir com a família em Cambridge, Massachusetts, onde atua como professor visitante da Universidade de Harvard.
1969
1970
1970
Muda-se com a família para a Suíça, onde permanece até 1980.
Exerce a função de consultor educacional do Conselho Mundial de Igrejas (CMI). Durante a permanência no cargo, percorre mais de trinta países, nos cinco continentes, levando os seus ensinamentos para orientar experiências educacionais, com destaque aos países africanos de língua portuguesa.
1970
1972
1972
Leciona na Faculdade de Psicologia e Ciência da Educação da Universidade de Genebra.
É homenageado, em Estocolmo, Suécia, com uma escultura da artista plástica Pye Engstron, que aparece ao lado de Pablo Neruda, Ângela Davis, Mao Tsé-Tung, Sara Lidman, Elise Ottosson-Jen e George Borgström, uma honraria da artista aos que lutaram contra a opressão.

Fonte: Acervo Instituto Paulo Freire.
1972
1977
1977
Publica o livro “Cartas à Guiné-Bissau”, registros de uma experiência em processo.

Foto: Capa da obra "Cartas à Guiné-Bissau".
1977
1979 - RETORNO AO BRASIL
1979 - RETORNO AO BRASIL
Viaja para o Brasil, em face da promulgação da lei de anistia.
- Publica o livro “Educação e Mudança”.
- Aceita convite para lecionar na Pontifica Universidade Católica (PUC-SP).

Foto: Recepção a Paulo Freire no aeroporto de Viracopos, em Campinas, em 7/8/1979.
Foto: Alfredo Rizutti/Estadão
1979 - RETORNO AO BRASIL
1980
1980
Instala-se, definitivamente, com a família no Brasil.
- Leciona na Universidade de Campinas (Unicamp).
– Filia-se ao Partido dos Trabalhadores (PT).
1980
1982
1982
Publica o livro “A importância do ato de ler”.

Foto: Capa da obra A importância do ato de ler.
1982
1983
1983
Recebe o título de “Cidadão Honorário do Rio de Janeiro”.
1983
1984
1984
Recebe o título de “Professor Emérito da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)”.
1984
1985
1985
Participa do Conselho Diretor da Fundação Universidade de Brasília (UnB).

Foto: Paulo Freire (sentado, no centro) na Universidade de Brasília, ao lado do então reitor Cristovam Buarque, sem data. Foto: Arquivo Central da Universidade de Brasília.
1985
1986
1986
- Falece sua primeira esposa, Elza Maia Costa de Oliveira.
- Recebe o prêmio “Unesco da Educação para a Paz”.
1986
1987
1987
- Integra o júri internacional da Unesco, que escolhe e premia as melhores experiências de alfabetização do mundo.
- Recebe o título de “Comendador da Ordem Nacional do Mérito Educativo, do MEC/Brasil”.
1987
1988
1988
Casa-se com a professora Ana Maria Araújo (Nita).
1988
1989
1989
- Assume o cargo de secretário de Educação do Município de São Paulo, na gestão da prefeita Luiza Erundina de Sousa.
- Implementa o projeto MOVA-SP, Movimento de Alfabetização de Adultos da cidade de São Paulo.
- Recebe o título de “doutor honoris causa da Universidade de Bolonha,” na Itália.

Foto: O secretário municipal da Educação Paulo Freire e a prefeita Luíza Erundina em evento em São Paulo, em 1990 (Foto: 1990/Folhapress)
Fonte: Acervo do Instituto Paulo Freire
1989
1990
1990
- Recebe o diploma de “Mérito Internacional em Estocolmo”, na Suécia.
- Publica, no Uruguai, o livro “Conversando com Educadores”.
1990
1991
1991
Participa da fundação do Instituto Paulo Freire, em São Paulo.
- Recebe o título de “doutor honoris causa pela Universidade Complutense”, de Madri.
- Publica o livro “Educação na Cidade”.

Foto: Instituto Paulo Freire
1991
1992
1992
- Publica o livro: “Pedagogia da Esperança: um reencontro com a Pedagogia do Oprimido”.
- Recebe o prêmio “Andrés Bello, Educador do Continente”, da OEA.

Foto: Capa da obra - Pedagogia da Esperança: um reencontro com a Pedagogia do Oprimido.
1992
1993
1993
- Publica o livro “Política e educação”.
- Recebe o título de “Cidadão Honorário de Angicos”.
- Publica o livro “Professora sim, tia não: cartas a quem ousa ensinar”.
1993
1995
1995
- Publica o livro “À sombra desta mangueira”.
- Recebeu o título de “doutor honoris causa da Universidade de Louvaine”, Bélgica.
- Criada a “Medalha Paulo Freire – A educação da Paz, liberdade, alfabetização, conscientização”, em Portugal.

Foto: Capa da obra "À sombra desta mangueira".
1995
1996
1996
- Participa da instalação do I Fórum Permanente da Alfabetização de Jovens e Adultos da Ceilândia (DF), ocasião em que o educador teve suas mãos moldadas em placa de cimento, construída por um aluno alfabetizado por seu método, o pedreiro Valdivino Ferreira da Silva.
- Recebe título de “doutor honoris causa pela University of Nebraska”, Estados Unidos.

Foto: Paulo Freire, em Ceilândia – DF, em 1996.
Fonte: Arquivo Erlando Reses.
1996
1997
1997
Lança o livro “Pedagogia da Autonomia”.
- Paulo Freire falece no dia 2 de maio, em São Paulo, vítima de um enfarto agudo do miocárdio.

Foto: Primeira edição da Pedagogia da Autonomia (1997)
1997
1997 - POST MORTEM
1997 - POST MORTEM
A Câmara Legislativa do Distrito Federal concede ao educador o título de “Cidadão Honorário de Brasília”.

Foto: Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). Na foto, da esquerda para a direita: deputado Wasny de Roure, professora Maria Madalena Tôrres, Lúcia Helena Carvalho – presidente da Câmara Legislativa do DF, e Ana Maria Freire (Nita).
1997 - POST MORTEM
2009
2009
É declarado anistiado político pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça.
2009
2011
2011
- A Câmara Legislativa do Distrito Federal, por meio da Lei n.º 4.641, de 21 de setembro de 2011, o declara “Patrono da Educação do Distrito Federal”.
- É reconhecido com o título de “doutor honoris causa pela Universidade de Brasília” (UnB).

Foto: Cerimônia de outorga do título Doutor honoris causa a Paulo Freire, pela Universidade de Brasília. Foto: Erlando Rêses
2011
2012
2012
O Congresso Nacional, por meio da Lei n.º 12.612, de 13 de abril de 2012, declara Paulo Freire “Patrono da Educação Brasileira”.
2012